Sempre que me imagino velhinha estou ao lado de alguém, sentada em uma varanda, lembrando do passado e em cada lembrança tenho mais certeza que escolhi a pessoa certa pra viver tanto tempo. Vejo os olhos deles brilharem quando diz que me ama, como se fosse nossa primeira vez sozinhos e apaixonados, a primeira vez que tínhamos certeza do que sentíamos um pelo outro (…) Imediatamente minha lembranças são cortadas e volto novamente ao meu presente, como um baque percebo o quão triste é viver nessa solidão que vivo, senti o vazio que sinto, ter a incertezas que tenho, e, por fim imagino se um dia me tornearei assim, uma simples velhinha, na minha simples casa e com um simples amor, o amor da minha vida.
Marília Novaes - individualismo
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